domingo, 19 de fevereiro de 2012

Diabetes Tipo 2 - Cura?

Após a leitura destes dois artigos, acho imprescindível ler estes comentários, pelo menos:
- http://www.fat-new-world.com/2011/06/dieta-extrema-reverte-diabetes-sera.html
- http://comentarios.folha.com.br/comentarios?comment=204106&site=folhaonline&skin=folhaonline

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Diabetes a cura mais próxima!Com as novas experiências em cirurgia, não apenas para obesos mórbidos, mas para pessoas com sobrepeso (que representam cerca de 1/3 dos pacientes com diabetes tipo 2), a doença está sendo domada. E as intervenções podem controlar e até ajudar a reverter este mal que acomete 180 milhões de pessoas.
POR FABIANA GONÇALVES
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A primeira vez que se observou que uma operação antiobesidade poderia reverter o diabetes tipo 2 foi em 1985, ou seja, há mais de duas décadas. De lá para cá, inúmeros estudos foram realizados. Com a evolução, tanto das técnicas como (infelizmente) do número de pessoas no mundo com a doença, os especialistas começaram a cuidar do mal por meio da cirurgia, focando só para pessoas com IMC acima de 40. "A diminuição do peso auxiliava o paciente a controlar a taxa de glicose no sangue logo nos primeiros dias após a intervenção. A grande vantagem é que poucos meses depois, cerca de 60% deles já não precisavam mais utilizar insulina ou outros remédios. Em menos de um ano o procedimento conseguia reverter ou controlar entre 80% e 90% do diabetes, eliminando o consumo de todos os medicamentos para o problema", afirma José Carlos Pareja, chefe do Serviço de Cirurgia de Obesidade da Unicamp, Universidade de Campinas, (SP).
Mais do que uma esperança
Segundo o especialista, num primeiro momento, os médicos imaginavam que isso ocorria em função do emagrecimento, mas eles logo perceberam que a taxa de glicemia caía antes mesmo que houvesse uma grande perda de peso. Em alguns casos, já no pós-operatório; assim, decidiram investir em novas pesquisas. "Além de reduzir em 95% o tamanho do estômago dos pacientes com IMC acima de 40, esse tipo de cirurgia faz um desvio para o alimento, evitando que ele passe pela primeira parte do intestino. Descobriu-se, a partir daí, que, por causa dessa mudança, acontece o aumento de uma substância chamada GLP-1, que estimula o pâncreas a produzir mais insulina, até então produzida insuficientemente", esclarece o endocrinologista Bruno Geloneze, de Campinas (SP), pesquisador nas áreas de Diabetes e Obesidade e Presidente do Congresso de Diabetes 2007.
Para que você entenda melhor, é bom lembrar que a glicemia representa a quantidade de açúcar que circula no sangue. O limite normal vai até 110 mg/dl. Entre esta taxa e 126 mg/dl considera-se um estado pré-diabético. Acima disso, a medida indica a presença da doença. Nestes casos, a insulina fabricada pelo corpo não é suficiente para promover o aproveitamento da glicose (o combustível humano) pelas células: isso caracteriza o diabetes.
A princípio, pode soar estranho a utilização da cirurgia no tratamento da enfermidade. Mas ela é uma nova estratégia para pacientes menos gordos. A indicação deve ser feita por um endocrinologista e segue uma lógica científica. "Durante a operação, abrevia-se o caminho entre o estômago e o intestino. A meta é evitar que o alimento passe pelo duodeno e pelo jejuno (porção inicial do intestino delgado), jogando-o diretamente na parte final do órgão, o íleo. Ali ocorre a produção do hormônio GLP-1, o mais importante componente do grupo das incretinas, substâncias fabricadas logo após a alimentação para estimular a produção de insulina", explica o cirurgião José Carlos Pareja.
Apesar de o GLP-1 ser antigo conhecido da medicina, descobertas recentes sobre a sua ação, tornaram-no um dos principais alvos da indústria farmacêutica. "Ele aumenta a quantidade e incrementa a eficácia da insulina, retardando a passagem da comida pelo íleo. Nos diabéticos tipo 2, os níveis dessa substância são muito baixos", complementa o profissional.
Controle sem remédios
A cirurgia, como observaram os médicos, é uma das maneiras de aumentar a produção do GLP-1 e, conseqüentemente, viabilizar o controle do diabetes. Por isso, já era um recurso usado para enfrentar a doença em obesos mórbidos. "Para os que têm apenas sobrepeso (IMC menor que 30) a técnica ainda é experimental e adotada só quando o mal não regride com tratamentos convencionais", afirma Ricardo Cohen, cirurgião de Obesidade e do Aparelho Digestivo do Hospital São Camilo (SP).
Recentemente, por exemplo, uma equipe de pesquisadores da Unicamp, da qual o cirurgião José Carlos Pareja faz parte, deu início a um estudo com 12 pacientes com sobrepeso e taxas de glicemia elevadas. "Os resultados são animadores. Duas pessoas deixaram de tomar insulina, embora ainda usem outros remédios para o diabetes", conta o cirurgião. Os dados conclusivos devem ser divulgados ainda no primeiro semestre deste ano. 
cirurgia sofre modificações
Embora a técnica de redução de estômago para o controle de diabetes tipo 2 em pacientes com IMC menor que 30 seja inédito (não reduz o tamanho do estômago), ela ainda está em fase de estudos pela Unicamp (SP)
Para ser aplicado em pessoas menos gordas, o método sofreu modificações. Em vez de reduzir o tamanho do estômago, como ocorre no caso dos obesos mórbidos, os médicos encurtam o trajeto entre o órgão e o intestino. Por isso, o procedimento reduz muito pouco o apetite. Em geral, há um emagrecimento de, no máximo, 5%. "Esta perda de peso pode ser provocada pelo próprio pós-operatório, pois de um modo geral, nestes momentos come-se bem menos. A cirurgia aumenta a produção das incretinas no organismo, o que diminui a fome, mas a alteração é pequena", alerta o endocrinologista Bruno Geloneze.
"Quando o diabetes responde mal ao tratamento clássico (remédios e insulina), com o tempo, a enfermidade descontrolada pode levar a sérias complicações. O novo método cirúrgico melhora ou, em alguns casos pesquisados, até reverte o problema, o que faz com que o paciente leve uma vida normal", finaliza José Carlos Pareja.
REPRODUÇÃO DA ILUSTRAÇÃO CEDIDA PELO CIRURGIÃO DE OBESIDADE JOSÉ CARLOS PAREJA
Fonte: http://dietaja.uol.com.br/saude-fitness/132/artigo40261-1.asp
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Dieta radical pode reverter diabetes tipo 2, aponta estudo24 de junho de 2011 08h38 atualizado às 09h06

Um estudo publicado em uma revista científica na Grã-Bretanha sustenta que uma dieta radical de 600 calorias por dia durante oito semanas pode reverter diabetes tipo 2 em pessoas recém-diagnosticadas com a doença. 
O artigo dos pesquisadores da universidade de Newcastle, publicado na revista científica "Diabetologia", indicou que a dieta reduziu os níveis de gordura no fígado e no pâncreas de 11 pacientes estudados, ajudando os níveis de insulina a voltar ao normal. Todos os 11 haviam sido diagnosticados com diabetes tipo 2 até quatro anos antes. Três meses após o tratamento, sete estavam livres da doença. O nível de produção de insulina se manteve estável mesmo após a volta à alimentação normal.
Os pesquisadores disseram que é preciso continuar os estudos para verificar se este efeito é permanente.
O diretor do Centro de Ressonância Magnética da Universidade de Newcastle, Roy Taylor, disse que não recomenda a dieta e que o experimento teve como única finalidade observar efeitos científicos.
"Esta dieta foi usada apenas para testar a hipótese de que, ao perder peso substancialmente, as pessoas ''perdem'' também a diabetes", disse o acadêmico. "Embora este estudo seja com pessoas diagnosticadas com diabetes apenas nos últimos quatro anos, há potencial para as pessoas com diabetes de mais longo prazo tentarem reverter as coisas."
Redução de peso
 A diabetes tipo 2 ocorre quando a produção de insulina, responsável por quebrar as moléculas de açúcar no sangue, é insuficiente, ou quando a insulina produzida não funciona corretamente. Dá-se então um acúmulo de açúcar no corpo.
A dieta fez com que os participantes da pesquisa cortassem radicalmente a ingestão de calorias por dois meses, consumindo apenas alimentos dietéticos líquidos e legumes sem amido. Depois de uma semana fazendo o experimento, os pesquisadores observaram que os níveis de açúcar no sangue dos pacientes antes do café da manhã já haviam voltado ao normal.
Imagens de ressonância magnética mostraram que os níveis de gordura nos pâncreas dos estudados haviam caído de cerca de 8% - um nível elevado - para em torno de 6%.
Três meses após o fim da dieta, quando os participantes haviam voltado a se alimentar normalmente com ajuda de nutricionistas e dicas de alimentação saudável, os médicos perceberam que a maioria já não sofria da condição.
A pesquisadora Ee Lin Lim, que fez parte da equipe, disse que nem todos se curaram da doença porque "tudo depende de quanto os indivíduos são suscetíveis" a ela."Precisamos descobrir por que algumas pessoas são mais suscetíveis que outras, e então trabalhar com essas pessoas. Nesse estudo, não chegamos a essas razões", disse.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5203775-EI8147,00-Dieta+radical+pode+reverter+diabetes+tipo+aponta+estudo.html